Cindy Joseph: modelo aos 60 anos |
A americana Cindy Joseph passou 25 anos de sua vida trabalhando como maquiadora, produzindo modelos e celebridades para sessões de fotos. Nunca imaginou, porém, que ela mesma pudesse estar diante das câmeras – muito menos após decidir assumir seus cabelos brancos.
Mas Cindy é hoje, aos 60 anos, uma modelo requisitada para dezenas de campanhas publicitárias e editoriais de moda de revistas.
A vida de modelo começou aos 49 anos, quando ela foi abordada na rua por um fotógrafo que a convidou para estrelar um anúncio da Dolce & Gabbana. “Foi no mesmo dia em que eu havia cortado o que sobrava da tintura que cobria o meu cabelo branco”, contou Cindy à BBC Brasil por telefone. “Depois, fui chamada novamente por uma revista. Decidi ir à Ford Models.”
Cindy não usa botox e nunca fez plástica |
A agência contratou Cindy para a divisão chamada Ford Classics, que reúne modelos de faixa etária mais elevada que a média e cujos serviços são cada vez mais solicitados, em um momento em que a população dos EUA envelhece e que, em meio à recessão, o poder econômico americano tem se concentrado mais nas mãos das gerações mais velhas.
“Os americanos são levados a crer nessa ideia de que a juventude é sinônimo de felicidade, e a velhice, de cansaço. Não é verdade. Depois dos 30, acho que ficamos mais cheios de energia, de sabedoria, de experiência. A linguagem (publicitária) tem de mudar, com uma nova perspectiva: a de que você pode ter cabelo grisalho e, ao mesmo tempo, ser capaz de correr uma maratona”, diz ela.
Cindy está aproveitando sua bem-sucedida carreira de modelo para lançar uma linha de cosméticos à base de mel, que defende ser “pró-idade, em vez de anti-idade”.
Questionada se pretende em algum momento se aposentar da carreira de modelo, ela diz que tudo vai depender da demanda do mercado publicitário e de moda.
“É uma carreira em que você não tem escolha. Só o que pode fazer é se cuidar. O mercado vai me dizer até quando (conseguirei trabalho). Mas, se depender de mim, quero estar diante das câmeras até morrer.”
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